A Etimologia da Palavra Itabaiana
José Wilson Moura Santos
(Graduação em Licenciatura
de História pela UFS)
A etimologia da palavra “Itabaiana” é de origem Tupi, como tantas outras que conhecemos por denominar rios, povoações, relevos e cidades do nosso Estado. Por isso, as suas explicações etimológicas acerca dos seus significados estão presentes em várias obras dos intelectuais sergipanos. Contudo, as explicações muitas vezes sobre determinadas palavras divergem-se, provocando muitas discussões, a respeito do seu verdadeiro étimo.
O étimo Itabaiana sempre trouxe inspirações poéticas, discussões que a envolvem em lendas, poesias que nos transportam a paisagens de outrora, que nos fazem sonhar e/ou imaginar como fora Itabaiana antes dos colonizadores, antes do sítio de Ayres da Rocha. Mas também, o seu significado não se encerra em mitos e poesias, temos os estudiosos sergipanos e serranos que conhecedores da língua tupi se enveredaram a caminho do seu significado. A fim de tratarmos acerca da etimologia de Itabaiana, mostraremos primeiramente os intelectuais que se enveredaram pela poesia e a lenda. E em seguida, os que tratam de expor a origem do nome da cidade à luz da língua tupi.
Inicialmente temos o Dr. Manoel P. Oliveira Telles que escreveu o poema “Itabayana” (TELLES, M. P. Oliveira. Itabayana. Instituto histórico e Geográfico de Sergipe, Aracaju, 1929, p. 85-99), em 1929, para exaltar a natureza serrana, contribuiu para o enriquecimento do folclore serrano ao declamar em versos a lenda que alude ao surgimento da serra que denominará a cidade. Devido a sua grande importância para a história itabaianense, transcrevemos versos do poema (respeitando a ortografia da época) que aludem a formação da serra e conseqüentemente a sua denominação e respectivamente a da cidade.
(...)
“E` que fica o planalto sorridente
De Itabaiana. Vem da serra o nome.”
(...)
“Era um indio...Nem sei que nome tinha,
Não cogita do nome a poetiza,
(...)
Era um índio, dizia, um potentado,
Terror das selvas todas, pois mandava
Sol e chuva naquelle antigo tempo
(...)
“Outro indio, não longe, dominava;
tambem soberbo e mau, mas alquebrado,
Já farto de viver, no fim da edade;
Não velho a caducar, porem já velho,
(...)
Mais feliz que o rival, tinha uma filha;
(...)
Fazia entontecer cada guerreiro.
(...)
O caboclo rival do velho chefe
Era indio potente, musculoso.
(...)
Na vil cabeça a intenção ardia
De exterminar o indio legendario.
Era Miaba a um tempo premio e causa
(...)
Pois a bella Miaba era insensivel
Aos protestos do indio apaixonado.
(...)
“Aproveitando o estribular dos grillos,
Typo de homem vem, quebrando ramas, E de um só pulo se apresenta á virgem.
Quiz a moça fugir, era já tarde.
Só lhe restáva resistir á furia
Do cacique que ardia pelo goso.
Não de outra sorte a alimaria bruta,
(...)
Rosna, babando, sexual deleite.
A` femea accorre, lambe-a; retrocede
E avança de novo tiritante,
(...)
Continua a avançar ardendo em cio
(...)
Do impecto carnal apaixonado,
Teve medo, tremeu; tremeu convulsa;
Da propria fraqueza armando a força,
Para bem longe o repellio irada.
(...)
“Mas o selvagem não reflecte muito.
Demais era senhor do ermo e della,
Nessa hora feliz, cevando raivas,
Prazer e odio saciava á farta.
(...)
“Chora Miaba a ingratidão da sorte.
O riacho a rolar sobre pedrinhas
Imitava os soluços de Miaba.
(...)
Na taba de seu pae não mais foi vista.
(...)
Então dizem que déra á luz, ao cabo
De nove mezes de crueis tormentos,
Uma formosa explendida menina,
Que trouxe a sorte de viver nas fontes,
(...)
E` appellidada Poço da Mãe da Agua .
“Referem que Tupan na terra andando
Ouviu narrar o episodio triste
Da formosa Miaba, Incosolavel
Chorou Tupan de pena. Um Deus chorando,
(...)
“- Olha o justo castigo que mereces,
Orgulhoso cacique, que imprudente
A Tupan recusastes os dons da vida:
- Os raios de Tupan te firam na alma,
Immovel ficarás mudado em serra;
Para sempre serás – Itabayana
E quando as gerações passarem junto
Ao logar onde foi a tua choça,
Tranzidas de tristeza lacerante,
Apontarao para a alterosa serra,
Exclamando: Alli está Itabayana !...”
“Pouco depois as nuvens se inflammaram
E fulminante raio atravessara
O cacique a tremer. No mesmo instante
Solta um grito de dor; mas já sem forças
Rodou tres vezes, baqueiou no chão.
Contorce-se nas pedras moribundo;
De cada braço e perna ergueu-se em monte,
E a cordilheira surge de um só homem
“A ignea lingua lhe excavou no peito
Lethal cratera, que extravasa o sangue;
O qual; rumo do sul, seguindo em curva
Trajectoria, como um arco-irys,
Cahio mui longe, de outra serra ao pé
E a terra esopou; de onde mais tarde
Mananciaes e fontes se rasgaram.
“O sangue que esguichara da ferida
chamou-se Cotinguiba . Inda hoje corre...”
Com o mesmo propósito de mostrar o étimo Itabaiana, Vladimir Carvalho de Souza em “Santas Almas de Itabaiana Grande', 1973, trabalha a lenda para explicar o significado Itabaiana. Na sua exposição sucinta fala da lenda tratada anteriormente e apresenta uma outra lenda que justificaria o nome da cidade. Na obra, o autor expôs que “narra a tradição oral que existiu, em certa época, não focalizando-se o século, uma índia, de nome Ita e de naturalidade baiana, que, ao dançar a multidão eufórica exclamava:
“- Ita a baiana! Ita, a baiana!
E daí o termo Itabaiana.” (1973,22).
O dr. Armindo Guaraná em “Glossário Etimológico dos nomes de língua Tupi na geografia de Sergipe”, 1927, mostra que a etimologia de Itabaiana é a seguinte: “ITABAIANA – Serra. Cidade. Comarca. Itá – pedra; taba – aldeia; oane – alguém: naquella pedra mora alguém, há uma aldeia com gente ”. (1972,309).
O itabaianense Sebrão Sobrinho em “Fragmentos da História de Sergipe”, 1972, afirmou que Itabaiana tem “... dupla etimologia. No vernáculo – ITA, montanha; BAIANA, da Cidade. A única, translatamente: CIDADE ALTA; CIDADE DA MONTANHA. EM ABANHENGA (FALA DE GENTE, FALA DE HOMEM) ou em Nheèngatu (fala bonita, a língua Tupi: I, determinativo de lugar onde); ITA; montanha; TAB, aldeia, morada; ABAÜ (abay, abai)...; ANA (corrução de ANGA, alma. Literalmente: NAQUELA MONTANHA HABITAM AS ALMAS DOS HOMENS DO MAR, DOS NAUTAS.”(1972, 102, 103).
Ainda, temos o Padre Francisco da Silva Lobo em 1757 escreveu “Informações ou Noticias sobre a freguesia de Santo Antônio e Almas de Itabaiana”, tornado-se o seu primeiro cronista. Este a respeito da etimologia da cidade serrana disse que escrito em língua portuguesa significa pedra grande; na tupi ou vulgata: serra grande.
O Dr. Manoel P. Oliveira Telles e o serrano Vladimir Carvalho nos concedeu conhecermos duas lendas que tratam de um só tema: o significado da palavra Itabaiana que nomeia a nossa cidade. O primeiro dá-nos um grande presente que é este riquíssimo poema a nossa cidade, enaltecendo a nossa história, a nossa cultura, embelezando as nossas paisagens com este requinte indianista e naturalista. Além de contribuir para o enobrecimento do nosso folclore. O segundo é de igual importância para nós, por relatar sobre o tema estudado.
Em relação a Armindo Guaraná, Padre Francisco da Silva Lobo e Sebrão Sobrinho; estes se debruçaram na língua Tupi para explicar o significado da palavra Itabaiana . Contudo, Sebrão Sobrinho se sobressai na explicação etimológica, deixando claro no texto o seu total conhecimento da língua.
Enfim, fica óbvio a forte presença da língua Tupi na denominação da cidade e a sua etimologia. E não apenas nela, mas nos povoados serranos como antes demonstrado no artigo “A ETIMOLOGIA TUPI NAS DENOMINAÇÕES DE POVOADOS EM ITABAIANA”. Em virtude disto, devemos estudar com mais afinco a etimologia utilizada em nosso meio, já que sua presença se faz acentuada nas denominações dos vários povoados, logradouros adjacentes em nosso meio. E, em meio a isso, devemos preservar e valorizar a memória dos primeiros povoadores destas paragens. Enfim, fica-nos a etimologia mais aceita do nome da nossa cidade nos legada pelo nosso conterrâneo Sebrão Sobrinho: “ Naquela montanha habitam as almas dos homens do mar, dos nautas”
segunda-feira, agosto 28, 2006
sábado, agosto 26, 2006
Perfil do Município de Itabaiana
14/06/2004
I - Informações Gerais
- Prefeito eleito (2004- 2008): Maria Mendonça
- Distância para Aracaju: rodovia: 56 km; em linha reta: 48 km
- Área: 336,9 km²; participação na área do Estado: 1,53 %
- Municípios limítrofes: Ribeirópolis, Frei Paulo, Moita Bonita, Malhador, Campo do Brito, Macambira e Areia Branca.
- Clima: precipitação média anual: 858,5 mm; temperatura média anual: 24,7°C
- Vegetação capoeira, caatinga, campos limpos e sujos.
- Divisão por bacia hidrográfica
rio Sergipe: 189.5 km² ( 56,2%)
rio Vaza Barris: 147.4 km² ( 43,8%)
- Área pertencente ao polígono das secas: 13,9 %
II -Principais Recursos Hídricos Existentes
- Açude da Marcela
- Barragens: Coqueiro, Jacarecica, Ribeira (rio Vaza Barris)
- Cacimbas familiares
- Nascentes: Olho d’Água do Pé do Veado, Avenca, Caiçaras, Canabrava, Caraíbas, da Bica,
- Fonte do Povo, Fontona, das Pratas, do Cedro e Várzea do Gama
- Poço das Moças
- Poços tubulares: ver item IV
- Riacho: das Pratas, do Cedro, da Marcela, do Boqueirão, Água Branca, das Moças, do Boimé, Fontana e Disié.
- Rio: Jacarecica, das Pedras.
- Tanque: Chico Leite (Caraíbas), do Melo (Tapera), do Pé do Veado, Grande (Caraíbas II), Várzea do Gama I e II, Água Branca, Terra Vermelha, Queimadas, Flechas e Riacho Doce I e II.
III –Fontes de Abastecimento dos Principais Núcleos Residentes (2002)
- Itabaiana – sede: água encanada da barragem da Ribeira
- Bom Jardim: água encanada, sem tratamento da nascente Avanca
- Agrovila: chafariz, poço da COHIDRO
- Terra Vermelha: chafariz, poço da COHIDRO
- Pé do Veado: chafariz, poço da COHIDRO
- Várzea do Gama I: chafariz, poço da COHIDRO
- Várzea do Gama II; chafariz, poço da COHIDRO
- Caraíbas: chafariz, poço da COHIDRO
- Queimadas: água encanada da barragem da Ribeira
- Carrilho: chafariz, barragem da Ribeira
- Cajaiba: água encanada do riacho da Ribeira
- Ribeira: água encanada do riacho da Ribeira
- Mangabeira: água encanada do riacho da Ribeira e cisternas próprias
- Rio das Pedras: chafariz, poço da COHIDRO
- Serra: chafariz, poço da COHIDRO
- Lagoa do Forno: chafariz, poço da COHIDRO
- São José: chafariz, poço da COHIDRO
- Riacho Doce I e II: água encanada da barragem da Ribeira e poço tubular da COHIDRO
- Flechas: chafariz, poço da COHIDRO
- Zanguê: Poços tubulares, minadores e cisternas
- Gandu I : chafariz, poço da COHIDRO
IV – Pontos d’água (2002)
- Pontos d’água: 697
tipo natural: 2 ( 0,3 %)
poço escavado: 2 ( 0,3%)
poço tubular: 693 ( 99,4%)
- Propriedade dos poços tubulares
pública: 64 ( 9,2 %)
particular: 625 ( 90,2%)
sem informação: 4 ( 0,6 %)
- Situação dos poços tubulares
em operação: 500 ( 72,1 %)
paralisado: 48 ( 6,9%)
não instalado: 69 ( 10,0 %)
abandonado: 70 ( 10,0 %)
sem informação: 6 ( 1,0 %)
- Finalidade do uso dos poços tubulares
doméstico primário: 35 ( 5,0%)
doméstico secundário: 7 ( 1,0%)
agricultura: 14 ( 2,0%)
uso múltiplo: 513 ( 74.1%)
sem informação: 124 ( 17,9%)
- Natureza do abastecimento dos poços tubulares
abastecimento comunitário: 111 ( 16,0%)
abastecimento particular: 554 ( 79,9%)
sem informação: 28 ( 4,1%)
- Aspectos qualitativos dos poços tubulares
água doce: 213 ( 30,6%)
água salobra: 253 ( 36,3%)
água salgada: 51 ( 7,3%)
sem informação: 180 ( 25,8%)
V –Principais Problemas Ambientais e de Recursos Hídricos (2002)
- Localização dos cemitérios Santo Antônio e Campo Grande na área urbana.
- Matadouro sem conservação e com despejos dos resíduos, sem tratamento no tanque próximo e no riacho e açude da Marcela.
- Rede de esgoto não atende satisfatoriamente à necessidade.
- Desperdício de água na captação e na distribuição.
- Desmatamento em termos gerais, especialmente das matas ciliares.
- Falta de apoio para o desenvolvimento da agricultura orgânica.
- Uso intensivo de agrotóxicos, sem monitoramento.
- Perfuração de poços sem quaisquer estudos técnicos relacionados ao lençol freático, e instalados sem monitoramento.
- Contaminação do riacho Coqueiro, sobretudo por lixo.
- Incidência de queimadas nas serras da Contenda e da Picada.
- Poluição da Barragem da Jacarecica I, por despejos de resíduos de curtume.
- Pouco incentivo ao desenvolvimento de programas de educação ambiental.
- Destino indevido e/ou inadequado das embalagens dos agrotóxicos.
- Pouca manutenção dos reservatórios, principalmente na implementação das áreas verdes.
- Irregularidade no abastecimento de água, particularmente no verão.
- Extração de areia irregular no rio das Pedras e no Pé do Veado, assim como da argila em Gandu II e Queimadas.
- Poluição do riacho Boimé por despejos de esgotos da sede municipal.
- Poluição do açude da Marcela por águas pluviais e principalmente por esgotos.
- Lixeira a céu aberto, à margem da rodovia Terra Dura com destino a Ribeirópolis.
VI –Unidades de Conservação e Preservação Ambiental
- Estação Ecológica da Serra de Itabaiana
VII – Extensão do Rio Sergipe no município de Itabaiana: 0,0 Km
- Extensão do Rio Vaza Barris no município de Itabaiana: 0,0 Km
VIII – População (2000)
- População residente: 76.813
variação (2000/1991): 18,5 %
crescimento anual (2000/1991): 1,9 %
- População por gênero
homens: 37.865 ( 49,3 %)
mulheres: 38.948 ( 50,7 %)
- População por situação do domicílio
urbana: 55.472 ( 72,2 %)
rural: 21.341 ( 27,8 %)
- Variação populacional (2000/1991)
urbana: 35,1 %
rural: -10,3 %
- População por grupos de idade
0 a 4 anos: 8.497 ( 11,1 %)
5 a 9 anos: 8.247 ( 10,7 %)
10 a 19 anos: 17.069 ( 22,2 %)
20 a 29 anos: 14.279 ( 18,6 %)
30 a 39 anos: 10.915 ( 14,2 %)
40 a 49 anos: 7.297 ( 9,5 %)
50 a 59 anos: 4.819 ( 6,3 %)
60 ou mais: 5.695 ( 7,4%)
- Densidade demográfica: 228,0 hab/ km²
IX –Domicílios (2000)
- Total de domicílios: 19.996
- Domicílios por situação de domicílio
urbana: 14.672 ( 73,4 %)
rural: 5.324 ( 26,6 %)
- Média de moradores por domicílio
total: 3,8
urbano: 3,8
rural: 4,0
- Condição de ocupação por domicílio
próprio: 15.524 ( 77,7 %)
alugado: 3.060 ( 15,3 %)
cedido: 1.327 ( 6,6 %)
outra condição: 85 ( 0,4 %)
- Ligações residenciais de energia elétrica
consumidores: 20.209
variação (2000/1990): 67,0 %
X – Saneamento Básico nos Domicílios (2000)
- Abastecimento de água
rede geral: 14.925 ( 74,6 %)
poço ou nascente: 2.077 ( 10,4 %)
outras formas: 2.994 ( 15,0 %)
- Destino do lixo
lixo coletado: 14.833 ( 74,6 %)
outro destino: 5.163 ( 25,8 %)
- Situação de higiene
com banheiro / sanitário: 17.701 ( 88,5%)
ligado à rede geral de esgoto: 4.957 ( 24,8 %)
XI – Educação (2000)
- Educação infantil
Escolas: 62
matrícula inicial 2000: 3.546
variação da matrícula 2000/1990 : 69,1 %
- Ensino fundamental
escolas: 80
matrícula inicial: 16.475
variação da matrícula 2000/1990: 22,3 %
- Ensino médio
escolas: 06
matrícula inicial: 2.581
variação da matrícula 2000/1990: 116,5 %
- População escolar / população residente: 29,4 %
- Matrícula pública / matrícula total : 82,0 %
- Índice de Desenvolvimento Infantil – IDI: 0,491
classificação municipal: 42 °
- Pessoas responsáveis pelos domicílios por grupo de anos de estudo: 19.996
sem instrução e menos de 1 ano: 6.872 ( 34,4 %)
1 a 3 anos: 5.633 ( 28,2 %)
4 a 7 anos: 4.812 ( 24,1 %)
8 a 10 anos: 1.220 ( 6,1 %)
11 a 14 anos: 1.250 ( 6,2 %)
15 anos ou mais: 182 ( 0,9 %)
sem informação: 27 ( 0,1%)
- Taxa de alfabetização da população de 10 anos ou mais de idade: 72,6 %
XII – Renda (2000)
- Moradores dependentes do rendimento da pessoa responsável pelo domicílio: 76.516
sem rendimento: 5.431 ( 7,1%)
até 1s.m: 28.957 ( 37,8 %)
mais de 1 a 2 s.m: 22.323 ( 29,2 %)
mais de 2 a 5 s.m: 13.902 ( 18,2 %)
mais de 5 a 10 s.m: 4.173 ( 5,5 %)
mais de 10 a 20 s.m: 1.276 ( 1,7 %)
mais de 20 a 30 s.m: 203 ( 0,3 %)
mais de 30 s.m : 251 ( 0,3 %)
- Rendimento médio mensal dos responsáveis pelo domicílio (julho 2000): R$ 342,93
Renda “per capita” média mensal (julho 2000) : R$ 89,54
XIII – Setor Agrícola (1999)
- Área colhida das principais culturas
batata doce: 1.550 ha
feijão: 710 ha
laranja: 45 ha
mandioca: 1.600 ha
manga: 152 ha
tomate: 180 ha
- Pecuária: principais efetivos
bovinos: 21.700
suínos: 5.210
galináceos: 207.080
ovinos: 800
- Número de estabelecimentos: 4.725
- Área total dos estabelecimentos: 28.111 ha
- Forma de utilização das terras
lavoura: 8.076 ha ( 28,7 %)
pastagens: 16.803 ha ( 59,8 %)
matas e florestas: 1.552 ha ( 5,5 %)
produtivas não utilizadas: 813 ha ( 2,9 %)
terras inaproveitáveis: 867 ha ( 3,1%)
14/06/2004
I - Informações Gerais
- Prefeito eleito (2004- 2008): Maria Mendonça
- Distância para Aracaju: rodovia: 56 km; em linha reta: 48 km
- Área: 336,9 km²; participação na área do Estado: 1,53 %
- Municípios limítrofes: Ribeirópolis, Frei Paulo, Moita Bonita, Malhador, Campo do Brito, Macambira e Areia Branca.
- Clima: precipitação média anual: 858,5 mm; temperatura média anual: 24,7°C
- Vegetação capoeira, caatinga, campos limpos e sujos.
- Divisão por bacia hidrográfica
rio Sergipe: 189.5 km² ( 56,2%)
rio Vaza Barris: 147.4 km² ( 43,8%)
- Área pertencente ao polígono das secas: 13,9 %
II -Principais Recursos Hídricos Existentes
- Açude da Marcela
- Barragens: Coqueiro, Jacarecica, Ribeira (rio Vaza Barris)
- Cacimbas familiares
- Nascentes: Olho d’Água do Pé do Veado, Avenca, Caiçaras, Canabrava, Caraíbas, da Bica,
- Fonte do Povo, Fontona, das Pratas, do Cedro e Várzea do Gama
- Poço das Moças
- Poços tubulares: ver item IV
- Riacho: das Pratas, do Cedro, da Marcela, do Boqueirão, Água Branca, das Moças, do Boimé, Fontana e Disié.
- Rio: Jacarecica, das Pedras.
- Tanque: Chico Leite (Caraíbas), do Melo (Tapera), do Pé do Veado, Grande (Caraíbas II), Várzea do Gama I e II, Água Branca, Terra Vermelha, Queimadas, Flechas e Riacho Doce I e II.
III –Fontes de Abastecimento dos Principais Núcleos Residentes (2002)
- Itabaiana – sede: água encanada da barragem da Ribeira
- Bom Jardim: água encanada, sem tratamento da nascente Avanca
- Agrovila: chafariz, poço da COHIDRO
- Terra Vermelha: chafariz, poço da COHIDRO
- Pé do Veado: chafariz, poço da COHIDRO
- Várzea do Gama I: chafariz, poço da COHIDRO
- Várzea do Gama II; chafariz, poço da COHIDRO
- Caraíbas: chafariz, poço da COHIDRO
- Queimadas: água encanada da barragem da Ribeira
- Carrilho: chafariz, barragem da Ribeira
- Cajaiba: água encanada do riacho da Ribeira
- Ribeira: água encanada do riacho da Ribeira
- Mangabeira: água encanada do riacho da Ribeira e cisternas próprias
- Rio das Pedras: chafariz, poço da COHIDRO
- Serra: chafariz, poço da COHIDRO
- Lagoa do Forno: chafariz, poço da COHIDRO
- São José: chafariz, poço da COHIDRO
- Riacho Doce I e II: água encanada da barragem da Ribeira e poço tubular da COHIDRO
- Flechas: chafariz, poço da COHIDRO
- Zanguê: Poços tubulares, minadores e cisternas
- Gandu I : chafariz, poço da COHIDRO
IV – Pontos d’água (2002)
- Pontos d’água: 697
tipo natural: 2 ( 0,3 %)
poço escavado: 2 ( 0,3%)
poço tubular: 693 ( 99,4%)
- Propriedade dos poços tubulares
pública: 64 ( 9,2 %)
particular: 625 ( 90,2%)
sem informação: 4 ( 0,6 %)
- Situação dos poços tubulares
em operação: 500 ( 72,1 %)
paralisado: 48 ( 6,9%)
não instalado: 69 ( 10,0 %)
abandonado: 70 ( 10,0 %)
sem informação: 6 ( 1,0 %)
- Finalidade do uso dos poços tubulares
doméstico primário: 35 ( 5,0%)
doméstico secundário: 7 ( 1,0%)
agricultura: 14 ( 2,0%)
uso múltiplo: 513 ( 74.1%)
sem informação: 124 ( 17,9%)
- Natureza do abastecimento dos poços tubulares
abastecimento comunitário: 111 ( 16,0%)
abastecimento particular: 554 ( 79,9%)
sem informação: 28 ( 4,1%)
- Aspectos qualitativos dos poços tubulares
água doce: 213 ( 30,6%)
água salobra: 253 ( 36,3%)
água salgada: 51 ( 7,3%)
sem informação: 180 ( 25,8%)
V –Principais Problemas Ambientais e de Recursos Hídricos (2002)
- Localização dos cemitérios Santo Antônio e Campo Grande na área urbana.
- Matadouro sem conservação e com despejos dos resíduos, sem tratamento no tanque próximo e no riacho e açude da Marcela.
- Rede de esgoto não atende satisfatoriamente à necessidade.
- Desperdício de água na captação e na distribuição.
- Desmatamento em termos gerais, especialmente das matas ciliares.
- Falta de apoio para o desenvolvimento da agricultura orgânica.
- Uso intensivo de agrotóxicos, sem monitoramento.
- Perfuração de poços sem quaisquer estudos técnicos relacionados ao lençol freático, e instalados sem monitoramento.
- Contaminação do riacho Coqueiro, sobretudo por lixo.
- Incidência de queimadas nas serras da Contenda e da Picada.
- Poluição da Barragem da Jacarecica I, por despejos de resíduos de curtume.
- Pouco incentivo ao desenvolvimento de programas de educação ambiental.
- Destino indevido e/ou inadequado das embalagens dos agrotóxicos.
- Pouca manutenção dos reservatórios, principalmente na implementação das áreas verdes.
- Irregularidade no abastecimento de água, particularmente no verão.
- Extração de areia irregular no rio das Pedras e no Pé do Veado, assim como da argila em Gandu II e Queimadas.
- Poluição do riacho Boimé por despejos de esgotos da sede municipal.
- Poluição do açude da Marcela por águas pluviais e principalmente por esgotos.
- Lixeira a céu aberto, à margem da rodovia Terra Dura com destino a Ribeirópolis.
VI –Unidades de Conservação e Preservação Ambiental
- Estação Ecológica da Serra de Itabaiana
VII – Extensão do Rio Sergipe no município de Itabaiana: 0,0 Km
- Extensão do Rio Vaza Barris no município de Itabaiana: 0,0 Km
VIII – População (2000)
- População residente: 76.813
variação (2000/1991): 18,5 %
crescimento anual (2000/1991): 1,9 %
- População por gênero
homens: 37.865 ( 49,3 %)
mulheres: 38.948 ( 50,7 %)
- População por situação do domicílio
urbana: 55.472 ( 72,2 %)
rural: 21.341 ( 27,8 %)
- Variação populacional (2000/1991)
urbana: 35,1 %
rural: -10,3 %
- População por grupos de idade
0 a 4 anos: 8.497 ( 11,1 %)
5 a 9 anos: 8.247 ( 10,7 %)
10 a 19 anos: 17.069 ( 22,2 %)
20 a 29 anos: 14.279 ( 18,6 %)
30 a 39 anos: 10.915 ( 14,2 %)
40 a 49 anos: 7.297 ( 9,5 %)
50 a 59 anos: 4.819 ( 6,3 %)
60 ou mais: 5.695 ( 7,4%)
- Densidade demográfica: 228,0 hab/ km²
IX –Domicílios (2000)
- Total de domicílios: 19.996
- Domicílios por situação de domicílio
urbana: 14.672 ( 73,4 %)
rural: 5.324 ( 26,6 %)
- Média de moradores por domicílio
total: 3,8
urbano: 3,8
rural: 4,0
- Condição de ocupação por domicílio
próprio: 15.524 ( 77,7 %)
alugado: 3.060 ( 15,3 %)
cedido: 1.327 ( 6,6 %)
outra condição: 85 ( 0,4 %)
- Ligações residenciais de energia elétrica
consumidores: 20.209
variação (2000/1990): 67,0 %
X – Saneamento Básico nos Domicílios (2000)
- Abastecimento de água
rede geral: 14.925 ( 74,6 %)
poço ou nascente: 2.077 ( 10,4 %)
outras formas: 2.994 ( 15,0 %)
- Destino do lixo
lixo coletado: 14.833 ( 74,6 %)
outro destino: 5.163 ( 25,8 %)
- Situação de higiene
com banheiro / sanitário: 17.701 ( 88,5%)
ligado à rede geral de esgoto: 4.957 ( 24,8 %)
XI – Educação (2000)
- Educação infantil
Escolas: 62
matrícula inicial 2000: 3.546
variação da matrícula 2000/1990 : 69,1 %
- Ensino fundamental
escolas: 80
matrícula inicial: 16.475
variação da matrícula 2000/1990: 22,3 %
- Ensino médio
escolas: 06
matrícula inicial: 2.581
variação da matrícula 2000/1990: 116,5 %
- População escolar / população residente: 29,4 %
- Matrícula pública / matrícula total : 82,0 %
- Índice de Desenvolvimento Infantil – IDI: 0,491
classificação municipal: 42 °
- Pessoas responsáveis pelos domicílios por grupo de anos de estudo: 19.996
sem instrução e menos de 1 ano: 6.872 ( 34,4 %)
1 a 3 anos: 5.633 ( 28,2 %)
4 a 7 anos: 4.812 ( 24,1 %)
8 a 10 anos: 1.220 ( 6,1 %)
11 a 14 anos: 1.250 ( 6,2 %)
15 anos ou mais: 182 ( 0,9 %)
sem informação: 27 ( 0,1%)
- Taxa de alfabetização da população de 10 anos ou mais de idade: 72,6 %
XII – Renda (2000)
- Moradores dependentes do rendimento da pessoa responsável pelo domicílio: 76.516
sem rendimento: 5.431 ( 7,1%)
até 1s.m: 28.957 ( 37,8 %)
mais de 1 a 2 s.m: 22.323 ( 29,2 %)
mais de 2 a 5 s.m: 13.902 ( 18,2 %)
mais de 5 a 10 s.m: 4.173 ( 5,5 %)
mais de 10 a 20 s.m: 1.276 ( 1,7 %)
mais de 20 a 30 s.m: 203 ( 0,3 %)
mais de 30 s.m : 251 ( 0,3 %)
- Rendimento médio mensal dos responsáveis pelo domicílio (julho 2000): R$ 342,93
Renda “per capita” média mensal (julho 2000) : R$ 89,54
XIII – Setor Agrícola (1999)
- Área colhida das principais culturas
batata doce: 1.550 ha
feijão: 710 ha
laranja: 45 ha
mandioca: 1.600 ha
manga: 152 ha
tomate: 180 ha
- Pecuária: principais efetivos
bovinos: 21.700
suínos: 5.210
galináceos: 207.080
ovinos: 800
- Número de estabelecimentos: 4.725
- Área total dos estabelecimentos: 28.111 ha
- Forma de utilização das terras
lavoura: 8.076 ha ( 28,7 %)
pastagens: 16.803 ha ( 59,8 %)
matas e florestas: 1.552 ha ( 5,5 %)
produtivas não utilizadas: 813 ha ( 2,9 %)
terras inaproveitáveis: 867 ha ( 3,1%)
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