A princípio, o projeto apresentado em 1886, visava elevar de vila para a categoria de cidade, apenas Capela.
Graças a intervenção do deputado itabaianense Guilhermino Amâncio Bezerra, o mesmo que dá o nome ao “Grupo Escolar Guilhermino Bezerra” na Praça João Pessoa, que fez uma emenda nesse projeto, elevando também Itabaiana.
E assim, em 28 de agosto de 1888, Itabaiana juntamente com Capela foram elevadas de vila a categoria de cidade.
Há quem diga que a intenção maior do deputado Guilhermino Bezerra em elevar Itabaiana de vila a cidade era promover seu irmão, o professor João Amâncio Bezerra, que automaticamente aumentaria de nível. Curioso é que essa elevação de Itabaiana não mudou em nada seu aspecto físico e estrutural e nem sequer deixou seus habitantes entusiasmados.
Até o cônego da Paróquia de Santo Antonio e Almas de Itabaiana, na época Domingos de Melo Rezende, citou em seus sermões durante as missas: Civilidade!...Civilidade! Quanto perdeu, agora, Itabaiana ao deixar sua vida simples de vila! Civilidade! Civilidade sem Civilização!
A cidade de Itabaiana continuava com os mesmos costumes de quando vila. As meninas concluíam o curso primário, depois ficavam em casa aprendendo os afazeres domésticos, à espera de um pretendente, que primeiro pedia permissão ao pai da pretendida, a fim de namorar e logo casar. Poucas eram as meninas que estudavam em colégios fora de Itabaiana. E quando acontecia, o internato visava mais como preparo para um futuro casamento do que para o exercício de uma profissão.
Bibliografia de referência:Carvalho, Vladimir Souza. A República Velha em Itabaiana. Aracaju (SE), Fundação Oviedo Teixeira, 2000.