terça-feira, outubro 17, 2006

PAISAGEM E (ECO)TURISMO – UMA DISCUSSÃO SOBRE A SERRA DE ITABAIANA/SE
Luiz Carlos de Menezes[i]
Fernanda dos Santos Lopes Cruz[ii]
Maria Augusta Mundim Vargas[iii]
Universidade Federal de Sergipenandalopescruz@bol.com.br
A PAISAGEM
Várias áreas da ciência estudam a paisagem, dentre elas a ecologia, a geografia, a biologia, a antropologia, a sociologia, possibilitando a compreensão dos fenômenos da natureza e as relações de interdependência entre os sistemas natural e cultural. As informações científicas são fundamentais no momento de intervir sobre os atrativos turísticos, os atrativos naturais, seja para usa-los turisticamente, ou para preservar a sua integridade (BOULLÓN, 2002). Ambas as vertentes estão postas na discussão sobre a Serra de Itabaiana, ou seja, o uso sustentável através do ecoturismo ou a sua preservação irrestrita. A definição das qualidades estéticas de uma paisagem perpassa por avaliações subjetivas, em que se busca a apreciação de sua beleza. Mas como essas avaliações acontecem no pensamento de cada indivíduo conforme a sua capacidade perceptiva e seus gostos pessoais, “[...] é muito difícil generalizar, porque o conceito de beleza varia de uma cultura para outra e, dentro de cada cultura, de individuo para individuo”. Todavia, considerando a “[...] a paisagem uma qualificação estética outorgada aos elementos que constituem o meio ambiente natural, entendemos que o procedimento natural para defini-la de modo sistemático a começar por um conhecimento o mais objetivo possível do meio que lhe serve de base” (BOULLÓN, 2002, p. 116/117). A paisagem pode ser percebida através de dois enfoques: o enfoque científico que corresponde à descrição e análise dos elementos da paisagem e suas inter-relações e o estético, ou seja, a imagem criada, seja ela pintada, fotografada ou observada por um indivíduo comum (o turista, por exemplo), que não depende do conhecimento detalhado e profundo dos seus elementos. Neste trabalho foi reservado ao “[...] termo paisagem a interpretação que depende da informação visual simples e [...] geossistema ou criptossistema ao enfoque científico dessa paisagem” (BOULLÓN, 2002, p. 118). Em estudo pioneiro, Cunha (1993) aborda a Serra de Itabaiana como um geossistema e, de acordo com essa metodologia, os níveis subseqüentes ocorrentes na Serra são os geofácies de mata atlântica, cerrado, mata ciliar, restinga, campo rupestre e um geótopo, onde há a ocorrência do Podocapus sellowi. A serra de Itabaiana situa-se na porção central do Estado de Sergipe, a cerca de 40 km da capital, e seu topo com alinhamento geral N/S, alcança a altitude de 669 m. Sua vertente Leste, mais suave, é drenada por várias nascentes com cascatas, corredeiras, cavernas e vales encobertos por matas de galeria que percorrem perpendicularmente uma sucessão de formas vegetais: campo rupestre, cerrado, restinga e mata atlântica. Sua vertente oeste constitui um paredão abrupto que faz descortinar a paisagem sertaneja. Essa diversidade de feições e ecossistemas justifica o cuidado especial e restrições de uso, ratificado ainda, pelo cenário de degradação ambiental já instalado.

A ESTÉTICA DA PAISAGEM DA SERRA
Além da diversidade geossistêmica propícia para a realização de estudos científicos na Serra, sua diversidade de elementos é capaz de sensibilizar e despertar a percepção estética da paisagem pelo observador comum. Boullón (2002, p.133/136) aponta três fatores auxiliares para decifrar, de uma forma geral, as qualidades estéticas de uma paisagem e que facilitam a identificação do potencial (eco) turístico de determinada paisagem, ou seja, as suas características e os traços mais significativos que podem despertar a percepção e/ou interesse do visitante, a saber: a estrutura, a forma nítida e a diferenciação. A estrutura constitui a distribuição, disposição e organização das partes que integram o cenário que se observa, geralmente determinado pelo relevo, considerado elemento principal de visualização e identificação de uma paisagem meso ou micro. No caso da Serra, o meso-relevo, juntamente com o clima, determinam as condições de vida vegetal e animal e o uso e ocupação do solo formando a característica básica da paisagem nas vistas panorâmicas abertas e de longa distância, ou macro-paisagens. Já o micro-relevo diz respeito aos campos visuais de curta distância, quando se entra em um ambiente fechado (bosque, pequeno desfiladeiro, vale encoberto por mata ciliar, etc), ou quando o campo de visão abarca determinado elemento ou grupo de elementos próximos, mesmo em paisagens abertas. As formas nítidas são as partes mais visíveis e identificáveis que qualificam o tema da paisagem, podendo ser o cume de uma montanha, um afloramento rochoso, um lago, uma cascata, uma aglomeração vegetal, dentre outros, dependendo da amplitude do campo visual e do que se quer observar. A diferenciação corresponde à relação entre a paisagem e o observador. Ao se penetrar em uma paisagem complexa com grande diversidade biótica e variedade de estruturas e formas, a diferenciação é fundamental para estimular a percepção e a formação de uma imagem do cenário observado. Ao contrário, formar-se-á uma imagem fraca e confusa pouco contribuindo para a sensibilização e o conhecimento do observador sobre a paisagem. O geossistema da Serra apresenta uma diversidade de elementos que possibilitam a percepção e a criação de vários quadros de cenários paisagísticos pelo visitante. Para a interpretação da paisagem procedeu-se à sistematização da análise em quatro grandes unidades paisagísticas que se constituem contribuição deste trabalho ao conhecimento da Serra de Itabaiana, ao entendimento de seu valor patrimonial e ecoturístico. São elas: o topo da Serra, o campo visual voltado para a vertente Oeste, o campo visual voltado para a vertente Leste e os vales e interior dos leitos dos riachos que drenam a vertente Leste. Pelas características estéticas de cada uma (estrutura, formas nítidas e diferenciação), entende-se por unidade paisagística, “os componentes de uma cena que proporcionam equilíbrio visual” (BOULLÓN, 2002, p.129). O topo da Serra é caracterizado por um relevo rochoso, plano a suave ondulado, com solos rasos, proporcionando campos visuais pequenos, médios e grandes. A vegetação de campo rupestre é predominante, mas observa-se alguns relictus de mata atlântica próximo a vertente leste, onde surgem várias nascentes. Já próximo ao paredão da vertente Oeste, predominam as cactáceas. Para se chegar até o topo existem várias trilhas, a do “Lado Oeste”, a dos “Cavalos” e a “Via Sacra” são as mais utilizadas. Essas trilhas são os elos dos elementos culturais do topo onde foram construídos torres de transmissão, uma estrutura para a geração de energia eólica e uma pequena igreja com um cruzeiro, palco de manifestações religiosas. O campo visual da vertente Oeste corresponde a segunda unidade paisagística, pois dele descortina-se um conjunto de serras residuais visualizadas ao fundo da paisagem. Na base da Serra, avançando-se sobre o paredão, visualiza-se com um ângulo privilegiado um cinturão de mata, porém, a visão mais ampla é dominada pela ausência de cobertura vegetal nativa em que áreas desmatadas se intercalam com pastos e plantações. A cidade de Itabaiana, alguns povoados e o mosaico de pequenas propriedades agrícolas conformam os elementos culturais da paisagem. Todavia, o destaque é possibilitado pelo cenário contemplativo através de combinações desses elementos com o tombamento do sol sobre esta paisagem. O campo visual da vertente Leste corresponde a terceira unidade. Dele se obtém uma visão panorâmica cujo limite é o oceano Atlântico que forma uma linha tênue com o azul do céu, de onde é possível também, apreciar o nascer do sol e da lua. No campo de visão médio percebe-se ondulações e desníveis do relevo, o maior adensamento da vegetação e das matas ciliares entremeadas pelo tom de verde mais claro dos canaviais e pastos. A cidade de Aracaju e vários outros sítios urbanos podem ser observados, com destaque para a barragem Jacarecica e a cidade de Areia Branca localizada na base desta vertente. A quarta unidade da paisagem corresponde aos vales, ao interior dos leitos e à mata ciliar da vertente Leste. Apresenta um conjunto de micro-relevos cujo campo de visão se fecha acompanhando os leitos encobertos por mata ciliar que se abrem nas rupturas onde se formam cachoeiras, ou então, quando o visitante alcança as margens. Ressalta-se a diversidade de estruturas e formas nítidas, como também, a variedade de pequenas estruturas e formas menos perceptíveis no percurso dos vales e leitos dos riachos. São perceptíveis diversas micro-paisagens merecedoras de detalhamento interpretativo. Quanto a morfologia, os quatro riachos da vertente Leste apresentam leitos encachoeirados com bacias de acumulação que formam piscinas naturais de diversos tamanhos, geralmente com pouca profundidade e propícias para banho. Somando-se a isso, o percurso dos leitos atravessa ocorrências sucessivas de campos rupestres, cerrado e restinga, envoltos por matas de galeria cujas densidade e heterogeneidade variam de acordo com a morfologia mais ou menos encaixada dos vales. A toponímia dos riachos, cavernas e cachoeiras dos seus leitos têm histórias e lendas que misturam o real com o imaginário, demonstrando o significado e a importância da Serra como um lugar que sempre fez parte do cotidiano da população local. O Riacho dos Negros é o mais conhecido e procurado para práticas culturais lazer e recreação, pois nele estão o Salão dos Negros, um anfiteatro de aproximadamente 50m², o Poço das Moças, local de rituais de batismo e passagens de várias religiões, um dos mais belos do conjunto da Serra. Outras cachoeiras destacam-se em seu leito, tais como do Buraco e Véu da Noiva. O riacho Coqueiro é o único que não nasce no topo e sim, próximo à base na vertente Sul, envolto por mata atlântica. Pela facilidade de acesso, é o mais procurado para a realização de cultos afros e de outras religiões e também o mais degradado, sendo comum em suas margens desmatamentos e deposito de entulhos. No riacho Água Fria ocorrem as cachoeiras Torta, Verde e o Grotão. Este, em verdade, trata-se de um local onde vivia um homem solitário. Logo abaixo, a Pedra da Árvore destaca-se em suas margens constituída por um matacão suspenso que foi separado da camada rochosa pelas raízes de uma árvore. No riacho Vermelho também ocorrem várias cachoeiras. A da Igreja e do Lado que formam um conjunto com o templo da Serra, e as cachoeiras do Caixão e da Oiticica Velha destacam-se pela morfologia. As ruínas da ponte do antigo acesso para a cidade de Malhada dos Bois sobressaem como um marco histórico em seu leito.

PAISAGEM E O LUGAR NO ECOTURISMO
O ecoturismo como uma “viagem” de retorno à natureza e/ou como um novo olhar em que se busca a interpretação e a interação com a paisagem, a valorização da diversidade de culturas e como, um novo estilo de desenvolvimento, vem se afirmando como um contraponto ao processo de degradação da paisagem e do lugar. Segundo Santos (1979) “a paisagem é um conjunto heterogêneo de formas naturais e artificiais, formada por frações de ambas, seja quanto ao tamanho, volume, cor, utilidade, ou por qualquer outro critério (...) podendo essa paisagem ser artificial, “aquela transformada pelo homem”, como também, natural, aquela ainda não mudada pelo esforço humano. Segundo Pires (1996) e Beni (2002) a paisagem é uma categoria de percepção do ambiente criada pelo homem que pode ser definida como domínio do visível, ou seja, aquilo que a vista abarca. O homem mantém contato com a paisagem através da percepção sensorial, classificada em dez modalidades: a visão, a audição, a pressão, o tato, a temperatura, a sinestesia (o sentido muscular), a dor, o paladar, o olfato e o sentido químico comum. “A paisagem contém todos os tipos de energia necessários para estimular as dez modalidades sensoriais [...], que se combinam na percepção. A visão é a mais complexa e a mais importante” (BENI, 2002, p. 394). A paisagem exprime a realidade de um determinado lugar que elaborada por um observador pode adquirir expressões plástica, estética, poética, ética, espiritual e/ou quantitativa.através de uma leitura concreta, objetiva e analítica (científica) dos elementos que a compõem ou através de uma leitura interpretativa subjetiva motivada por fatores culturais, sentimentais, emotivos, afetivos, sensitivos, dentre outros; ou de ambos os casos conjuntamente. A leitura objetiva é atravessada pelos métodos analíticos para descrever os seus elementos e, a leitura subjetiva é uma experiência única, pessoal e exclusiva do observador e que não será a mesma em outro determinado momento (PIRES, 1996 e BOULLÓN, 2002). Assim, entendemos também a paisagem como sendo um instante fotográfico captado pelas lentes dos nossos olhos num momento especial que, registrado na nossa memória conforme a qualidade e interação entre o observador e a paisagem. É a possibilidade de sensibilização, de estímulo a uma outra percepção, de provocar uma mudança de atitude na relação dos homens entre si e com o planeta que torna a paisagem um instrumento, uma força de religare (MORIN, 2001), um componente essencial do ecoturismo. Para Veras (1995), a abordagem da paisagem pode ocorrer de três maneiras: primeiro como um sistema determinado pela inter-relação de seus elementos concretos, naturais e/ou culturais. Segundo, entendendo-a como expressões metafóricas sensoriais e, terceiro, compreendendo-a como a inter-relação destas abordagens, ou seja, conceituá-la como um produto da interação do homem com o seu meio (urbano, regional, rural, natural). Dessa forma, a paisagem apresenta como condições de existência o suporte físico-geográfico, que possibilita materializar as relações sociais construídas historicamente, manifestando a diversidade cultural expressa pelos elementos estético-sensoriais inerentes a cada grupo social. Já o lugar é a teia de relações humanas com a natureza de determinado grupo social no plano do vivido que garante a construção de uma rede de significados e sentidos tecidos pela história e pela cultura, produzindo o sentimento de identidade e de pertencimento, “[...] posto que é aí que o homem se reconhece porque é o lugar da vida. O sujeito pertence ao lugar como este a ele [...]” (CARLOS, 1996, p. 29). No lugar, para Veras (1995, p. 119-127), “percebe-se nitidamente o conjunto de características que lhe impõem específica caracterização e importância simbólica, resultante de sua própria relação com a paisagem, num permanente processo de troca, [...] definido por uma determinada sociedade que tem seus valores, cultura e história próprios”, cuja complexidade apresenta-se como um desafio pela necessidade de se inter-relacionar as dimensões sociais, culturais e ambientais. Assim, as experiências simbólicas têm a faculdade de interagir o natural e o cultural, o sonho e a realidade, consciente e inconsciente. “É aí que a paisagem, por possibilitar estas leituras relacionais, pode ser considerada uma metalinguagem para identificar o lugar. O lugar tem na paisagem uma das formas de expressar a vida que palpita, indicando um mundo de idéias, valores e significados” (VERAS, 1995, p. 132). Ainda segundo a autora, o lugar, por assumir uma posição de apropriação consciente, permite uma interação entre espaço e o sujeito observador / interventor, que vai transformá-lo em algo que lhe pertence, ou algo de que se sinta fazendo parte. Quando se considera determinada paisagem um lugar, automaticamente se deixa de ser um simples observador (o “forasteiro viajante”) e passa-se a fazer parte do cenário apreciado: na paisagem observo, no lugar leio a paisagem e interajo, penetro no cenário e sou mais um elemento a ser percebido por quem não sente este, como um seu lugar, e permanece distante ao observá-lo. O lugar é interação, troca e simbiose com o sujeito observador. O sentido de pertinência e posse, possibilita se estabelecer um diálogo informal, numa dialógica com o universo apropriado (VERAS, 1995, p. 134). Ao buscar estabelecer também um diálogo subjetivo com a paisagem e com o lugar através da interpretação ambiental, da estética, da poética, da interação, da vivência, do aprendizado e do respeito à cultura local, o ecoturismo pode contribuir para a valorização e a conservação da paisagem, fazendo com que os atores locais estimem sua cultura e sintam-se sujeitos do seu lugar, determinem seu próprio desenvolvimento, admirem e cuidem da sua paisagem, criando possibilidades ilimitadas para a reconstrução de uma nova ética ambiental e respeito à diversidade cultural. Nesse sentido, o ecoturismo traz no seu conceito e nos seus princípios a (re) valorização da paisagem e do lugar, em oposição ao turismo tradicional. A prática do ecoturismo depende da paisagem conservada, além de ser um instrumento de educação e de interpretação ambiental, o grande diferencial que o destaca das práticas convencionais de turismo. Ao possibilitar a interação do (eco) turista com a natureza, estimula uma mudança de atitude na relação homem-natureza. Sobre o lugar, o ecoturismo conceitualmente estimula o respeito e a valorização das culturas locais. Uma cultura autêntica é um componente fundamental do ecoturismo, nesse caso, autêntico deve ser lido como soberano, ou seja, as comunidades locais devem estar em posição de poder, e não em posição de subordinação, dispondo de autonomia sobre sua cultura, seus artefatos e rituais, sua própria direção, enquanto se relaciona com culturas que interagem com a sua, sem exploração, e decidem sobre as inovações e as mudanças a serem introduzidas no seu lugar (WEARING e NEIL, 2001).
REFERÊNCIAS
→ BENI, Mário C. Análise estrutural do turismo. 7 ed. São Paulo: Editora SENAC, 2002.→ BOULLÓN, Roberto C. Planejamento do espaço turístico. Bauru, SP: EDUSC, 2002.→ CARLOS, Ana F. A. O lugar do/no mundo. São Paulo: Hucitec, 1996, p. 01-38.→ CUNHA, José Carlos Santos. SERRA DE ITABAIANA: Potencial biogeográfico e perspectivas para preservação e conservação. (Monografia de Graduação em Geografia). São Cristóvão-SE: UFS, 1993.→ MORIN, Edgar. A religação dos saberes: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.→ PIRES, Paulo dos Santos. Paisagem litorânea de Santa Catarina como recurso turístico. São Paulo: Hucitec, 1996.→ SANTOS, Milton.Espaço e sociedade. Petrópolis: Vozes, 1979.→ VERAS, L. M. de S. Cavalcanti. Do espaço à paisagem, da paisagem ao lugar. Revista de geografia, Recife, v. 11, n. 2, jul./dez. 1995.→ WEARING, S.; NEIL, J. Ecoturismo: impactos, potencialidades e possibilidades. Barueri-SP: Manole, 2001.

PAISAGEM E (ECO)TURISMO – UMA DISCUSSÃO SOBRE A SERRA DE ITABAIANA/SE
Luiz Carlos de Menezes1
Fernanda dos Santos Lopes Cruz2
Maria Augusta Mundim Vargas3
Universidade Federal de Sergipenandalopescruz@bol.com.br
Entendemos a categoria paisagem como uma metalinguagem capaz de possibilitar leituras relacionais e interagir o natural e o cultural, o sonho e a realidade, consciente e inconsciente. Procedeu-se a análise da Serra de Itabaiana (Sergipe) sistematizada em quatro unidades estéticas que se constituem contribuição desse trabalho para o conhecimento da Serra, para o entendimento de seu valor patrimonial e para a ampliação do campo de reflexão sobre o (eco) turismo. As características de estrutura, formas nítidas e diferenciação foram basilares na análise de cada uma das unidades paisagísticas, ou seja, os componentes de uma cena que proporcionam equilíbrio visual. Foram tomadas como unidades paisagísticas: i) o topo; ii) a vertente Leste; iii) a vertente Oeste e, iv) os vales, leitos e matas ciliares dos quatro riachos ocorrentes na vertente Leste. Ao buscar estabelecer um diálogo com a paisagem e com o lugar, através da interpretação ambiental e da estética da paisagem, o (eco) turismo pode contribuir para a valorização e a conservação da paisagem, criando possibilidades ilimitadas para a reconstrução de uma nova ética ambiental e respeito à diversidade cultural.
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[i] Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo PRODEMA/UFS. Dissertação intitulada “Uso sustentável da Serra de Itabaiana: conservação ou ecoturismo”.[i] Graduanda em Geografia/UFS, bolsista PIBIC/CNPq[iii] Profª Dra. do NPGEO e PRODEMA/UFS
1 Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo PRODEMA/UFS. Dissertação intitulada “Uso sustentável da Serra de Itabaiana: conservação ou ecoturismo”.2 Graduanda em Geografia/UFS, bolsista PIBIC/CNPq3 Profª Dra. do NPGEO e PRODEMA/UFS

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